A Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) alerta à população sobre o surgimento do vírus Chikungunya. A doença, é transmitida pelo mesmo mosquito transmissor da Dengue, o Aedes Aegypti.
A população brasileira não tem anticorpos para este vírus, o que faz com que a proliferação seja muito intensa num primeiro momento. Além de ser transmitada pelo Aedes Aegypti vetor da dengue, a Chikungunya pode ser transmitida também pelo Aedes Albupictus, presente em todo o Brasil.
A doença pode gerar sequelas permanentes, a artrite aguda causada pelo vírus pode permanecer por até um ano, mesmo após o tratamento.
Onde o vírus surgiu?
O vírus surgiu na África e se espalhou para a Ásia. Nos últimos cinco anos, centenas de pessoas que viajaram para esses locais se infectaram. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), desde 2004, o vírus havia sido identificado em 19 países. Porém, a partir do final de 2013 foi registrada transmissão autóctone (pessoas contaminadas localmente por mosquitos e não viajantes que retornam com a doença para seus países de origem) em vários países do Caribe e, em março de 2014, na República Dominicana e Haiti.
Nos meses seguintes, diversos países da América Central e da América do Sul também registraram surtos de Chikungunya, e no Brasil já tem casos registrados em vários Estados, inclusive no Paraná. Isso ocorre porque os mosquitos transmissores da doença são muito disseminados em todas as áreas tropicais do mundo.
Como alguém pode ser contaminado pelo vírus?
A doença é transmitida exclusivamente pela picada do mosquito transmissor da Dengue, o Aedes Aegypti, e pelo Aedes Albupictus, presente em todo o Brasil.
Quais são os sintomas?
Os sintomas são semelhantes aos da Dengue.
Na fase aguda, logo após a picada, os sintomas são febre alta de início súbito, dor nas articulações, dores musculares, fortes dores de cabeça, manchas na pele, náusea, erupção cutânea e conjuntivite.
Na fase crônica, o paciente ainda pode sentir dores nas articulações, depressão, cansaço e fraqueza. Os sintomas persistem por até 10 meses em 49% dos casos e pelo menos 80% dos pacientes permanecem com os sintomas três meses depois.
Qual é o tratamento?
Não tem tratamento específico, se dá basicamente com o uso de paracetamol, hidratação e repouso.
Há possibilidade de morte?
A Chikungunya muito raramente leva à morte, mas pode ocorrer em idosos e pessoas com doenças crônicas graves.
É possível conter o vírus?
De acordo com o Secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, a contenção é muito difícil no caso da Chikungunya. Porém, segundo ele, o Brasil tem uma vantagem porque é um dos poucos países que tem um programa permanente de controle da Dengue – que também deve controlar a contaminação da Chikungunya.
Porém, a maneira de combate é idêntica a da Dengue – evitar a proliferação dos mosquitos através da eliminação de foco com água parada.
Tendo consciência disto, reforçamos os moradores de Mercedes para que façam uma vistoria semanal em sua casa, seu lote, seu terreno e eliminem sempre tudo o que possa acumular água parada, para não corrermos o risco de contrairmos a Dengue e esta nova doença, a Febre Chikungunya, que poderá surgir no Município.
Lembrando ainda que toda terça feira pode-se colocar lixo seco para coleta seletiva e todo final de mês a Secretaria de Viação e Obras realiza a coleta de entulhos e galhos.
Esperamos que cada um faça sua parte, conscientemente.
Vigilância Epidemiológica/ Secretaria de Saúde de Mercedes.
Coordenação de Endemias
Enfª Kátia L. Martins